segunda-feira, 28 de março de 2011

Passe Diferente

       Pôr do-Sol da tarde de 5 de Setembro de 2010 (Minha cidade - Ipameri comemorando 140 Anos)       
                                            
                                                         Passe Diferente
                                                
 Indispensável estudar o Espiritismo.
 
A Doutrina Espírita, síntese da Religião, é sagrado binômio de evolução psíquica, cuja dinâmica poderemos conceituar como:
 
Jesus iluminando o coração e Kardec ilustrando o raciocínio.
 
Vez por outra, porém, repontam teorias de arribação.
 
No campo do passe, a exemplo, muitos corações já foram assaltados por inusitadas e alienígenas informações, estranhas à simplicidade profunda da Doutrina Espírita.
 
Produzem estas inquietudes:
- Na doação de energias aos que sofrem, na operação de substituir a molécula malsã por uma sã, estaríamos operando com o passe magnético ou espiritual?
 
Que categoria de passes serviria a este ou àquele enfermo?
 
Quem transmite passe ao adulto, poderá fazê-lo à criança?
O impasse poderá levar-nos a titubear.
Em verdade, contudo, no Espiritismo sempre foi muito claro que a transfusão ocorrida num passe é sempre de natureza fluídica.
 
E o fluido e o elemento primitivo do corpo carnal e do perispírito, os quais são simples transformações dele" (1).
A ação magnética ou espiritual provém de uma só fonte.
 
Há, no mundo, reprisamos, um único elemento primitivo, o fluido universal, sendo todos os corpos, todas as formas vivas ou inanimadas, todas as manifestações de vida, mera variedade de condensação ou coesão da mesma energia.
A própria Ciência, hoje energética, consagra a unidade.
No considerar o tema, em "A Gênese", Kardec desce a detalhes, esclarecendo que a ação do passe pode produzir-se de muitas maneiras.
 
Alinha as três fundamentais:

Pelo próprio fluido do passista;
Pela atuação direta de um Espírito, sem o concurso do passista (beneficiando todos os necessitados, independentemente de sua crença religiosa, de seu grau evolutivo, inclusive sem o conhecimento e o reconhecimento dos beneficiários);
Pelos fluidos que os Espíritos derramam sobre o passista, imprimindo ao fluido natural do passista qualidades de que ele carece.
Na falta do termo passista, tão comum na atualidade espírita brasileira, Kardec os denominava magnetizadores, a fim de diferenciá-los dos médiuns de cura.
 
A mediunidade de cura é "o dom que possuem certas pessoas de curar pelo simples toque, pelo olhar, mesmo por um gesto, sem o concurso de qualquer medicação" .
Hoje, os magnetizadores são chamados passistas.
Observemos, ainda, que a participação de um Espírito, na doação do passe, não se reconhece pela sua manifestação ostensiva, isto é, pela precipitação do fenômeno de incorporação ou de psicofonia ou de efeito físico.
 
A participação é esse "derramar de fluidos, imprimindo ao fluido natural do passista as qualidades de que ele carece".
Ainda em "O Livro dos Médiuns" , Kardec formula nove questões, cujas respostas aclaram definitivamente o tema. Dentre elas, destacamos apenas uma:

Entretanto, o médium é um intermediário entre os Espíritos e o homem; ora, o magnetizador, haurindo em si mesmo a força de que se utiliza, não parece que seja intermediário de nenhuma potência estranha.
R. É um erro; a força magnética reside, sem dúvida, no homem, mas é aumentada pela ação dos Espíritos que ele chama em seu auxílio. Se magnetizas com o propósito de curar, por exemplo, e invocas um bom Espírito que se interessa por ti e pelo teu doente, ele aumenta a tua força e a tua vontade, dirige o teu fluido e lhe dá as qualidades necessárias.
A clareza, aí, é gritante!
O passe é sempre o passe.
Gestos, postura física, ginásticas rítmicas, rituais na operação do passe, são meros hábitos alimentados pelos passistas ou pelos que os instruíram.
 
Originam-se da superstição que "pode emprestar virtudes quaisquer a certas palavras (ou atos) e somente Espíritos ignorantes ou mentirosos podem alimentar semelhantes idéias, prescrevendo fórmulas" .
 
Uma classificação de passes, para atender este ou aquele enfermo, físico ou espiritual, só seria possível se conhecêssemos e pudéssemos manipular a "química dos fluidos".
 
Quem, porém, entre nós, se aventuraria a afirmar conhecer a natureza intrínseca dos fluidos, a ponto de combiná-los, alterá-los, transubstanciá-los, se deles só sabemos que existem por seus efeitos?
Serão bons ou maus, de acordo com nossos pensamentos.
Nenhum de nós, todavia, vai além dessa noção rudimentar, embora preciosa.
 
Não que estejamos proibidos de pesquisar.
 
Ocorre que estamos impedidos, nesse campo, pelas atuais limitações de nossos sentidos e por falta de aparelhagem apropriada para suprir-nos as deficiências da espécie.
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Salvo fantasias primárias, de extremo mau gosto, nunca deveremos repletar esse belo departamento do Espiritismo com afirmações apressadas, levianas até, querendo
criar escolas à parte, tão-somente pelo prazer de passear nossa vaidade entre os homens.
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Sendo a essência da constituição infantil exatamente a mesma da do homem adulto, todo argumento que se articule para justificar a existência de 'F passistas infantis" e um artificialismo próprio de quem ignora ou faz ignorar as leis espirituais que Kardec examinou e reexaminou, no contexto da Codificação.
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A mãe, acariciando o filho, transmite-lhe fluidos, da mesma forma que ao acariciar o companheiro de sua caminhada terrena.
Poderemos ter preferência pelas crianças, num atendimento de tendências pessoais; nunca, porém, porque os fluidos que se destinam à infância sejam, fundamentalmente, diversos dos que se canalizam para o adulto.
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O passista não possui poderes mágicos.
Se algumas vezes, por intuição do Espírito que nos orienta no passe, somos informados do órgão enfermo, não se faz necessário que saiamos da simples imposição da mão.
 
No centro do cérebro localiza-se a glândula chamada epífise, o leme da alma, que reabastece e mantém o equilíbrio fluídico de todos os departamentos do organismo.
 
Envolvê-la nas radiações fluídicas equivale a aplicar uma injeção, cujo líquido circulará por todo o corpo, através das correntes sangüínea, até atuar sobre a parte' desequilibrada.
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O efeito salutar do passe - é desnecessário encarecer, por muito conhecido de todos fica sempre na dependência do quadro espiritual do assistido. Ele, o assistido, é quem determina, não raro contra a boa vontade do agente transmissor, a renovação ou a repulsão dos fluidos.

É uma questão de afinidade.
Jesus, definindo tal dependência e alertando-nos de que a regeneração física ou psíquica da criatura é obra dela mesma, embora com o amparo de outros', diante de cada cura operada enunciava com clareza e convicção:
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- A tua fé te salvou.
Não era uma afirmação convencional de humildade.
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Sabia o Mestre, esclarece-nos o Espiritismo, que sem um campo propício para restabelecer-se, criado pela mente do enfermo, nenhuma regeneração se opera.
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Vale, sempre, reler Kardec.
Não deveremos tornar obscuros princípios claros.
 
A beleza da Doutrina reside no seu retorno à verdade do Evangelho, desvestindo-se das alfaias humanas e rompendo com os elos que nos escravizavam ao primarismo espiritual milenar.
Toleremos as teorias diferentes, mas não vivamos com elas.
    Roque Jacintho.                                Bibliografia: "A Gênese", de Allan Kardec, cap. XIV, item 31 * "O Livro dos Médiuns", Allan Kardec, questão 175 ** "Passe e Passista" - Roque Jacinto-  Ed. Luz no Lar)***
                                                   
     
     
                          Texto retirado do Centro Espírita Caminhos de Luz - Pedreira - SP- Brasil
                                         
                                           www.caminhosluz.com.br
     
                                                                
                                                                               
                                                                                    
                                                                                    A Genese*
                                                                            
                                                                                   Allan Kardec 
     
                                                                                        1868      
            
     A GÊNESE, OS MILAGRES E AS PREDIÇÕES SEGUNDO O ESPIRITISMO (publicado em janeiro de 1868)* "Esta nova obra, esclarece Kardec, é mais um passo no terreno das conseqüências e das aplicações do Espiritismo. Conforme seu título o indica, ela tem por objeto o estudo dos três pontos, até agora, diversamente interpretados e comentados: a Gênese, os Milagres e as Predições, em suas relações com as novas leis decorrentes da observação dos fenômenos espíritas." Assim, em seus 18 capítulos, destacam-se os temas: caráter da revelação Espirita, existência de Deus, origem do bem e do mal, destruição dos seres vivos uns pelos outros, refere-se também a uranografia geral, com várias explicações sobre as leis naturais, a criação e a vida no Universo, a formação da Terra, o dilúvio bíblico e os cataclismos futuros, em seguida apresenta interessante estudo sobre a formação primária dos seres vivos, o princípio vital, a geração espontânea, o homem corpóreo e a união do princípio espiritual à matéria. No tocante as milagres, expõe amplo estudo, no sentido teológico e na interpretação espírita; faz vários comentários sobre os fluidos, sua natureza e propriedades, relacionando-se com a formação do perispírito, e, ao mesmo tempo, com a causa de alguns fatos tidos como sobrenaturais. Desta forma, dá explicação de vários "milagres" contidos nos Evangelhos, entre eles, O cego de Betsaida, os dez leprosos, o cego de nascença, o paralítico da piscina, Lázaro, Jesus caminhando sobre as águas. A multiplicação dos pães e outros. Posteriormente, expõe a teoria da Presciência e as Predições do Evangelho, esclarecendo suas causas, à luz da Doutrina Espírita. Finalizando este livro apresenta um capítulo intitulado "São chegados os tempos", no qual aborda a marcha progressiva do Globo, no campo físico e moral, impulsionada pela Lei do Progresso. Com este livro completa-se o conjunto das Obras Básicas da Codificação Espírita, também denominado "Pentateuco Kardequiano".
                                                                                                                                          
                                                                              O Livro dos Médiuns**                                                                                    Allan Kardec 
                                                                             
                                                                                       1861
     
    O LIVRO DOS MÉDIUNS (publicado em janeiro de 1861) Este livro reúne o ensino especial dos Espíritos Superiores sobre a explicação de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com os espíritos, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os tropeços que eventualmente possam surgir na prática mediúnica. É constituído de duas partes: Noções preliminares e Das manifestações espíritas. Dentre os vários assuntos que aborda, destacam-se: provas da existência dos Espíritos, o maravilhoso e o sobrenatural, modos de ser e proceder com os materialistas, três classes de espíritos, ordem a que devem obedecer os estudos espíritas: a ação dos Espíritos sobre a matéria, manifestações inteligentes, as mesas girantes, manifestações físicas, visuais, bicorporeidade, psicografia, laboratório do mundo invisível, ação curadora, lugares assombrados (com comentários sobre o exorcismo) tipos de médiuns e sua formação, perda e suspensão da mediunidade, inconvenientes e perigos da mediunidade, a influência do meio e da moral do médium nas comunicações espíritas, mediunidade nos animais, obsessão e meios de a combater, trata também de assuntos referentes à identidade dos Espíritos, às evocações de pessoas vivas, à telegrafia humana, além de vários temas intimamente relacionados com o Espiritismo experimental. Não menos importante são os capítulos dedicados às reuniões nas sociedades espíritas, ao regulamento oficial da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritos e ao Vocabulário Espírita. Como se observa, o Livro dos Médiuns é a obra básica da Ciência Espírita, graças a ele, o espiritismo firmou-se como Ciência Experimental. Embora publicado há mais de 100 anos, seu conteúdo é atual, seus ensinamentos permitem ao leitor estabelecer relações evidentes da Ciência Espírita com várias conquistas científicas da attualidade.
        
                                                       
                                                                                        Passe e Passista ***
     
                                                                                          Roque Jacintho        
                                                        
                                                                                              96 Paginas
     
                                                                                         Editora Luz no Lar
                                                                                                                                                                 &nbs p;                                              
     Passe e Passista ***          
Esta é uma obra consagrada na literatura Espírita, pela abordagem simples e direta da terapia do passe.
Quem é o passista, quem é o enfermo e o que é o passe!
Estudando a colaboração do elemento humano, na transmissão dos fluídos renovadores, que reerguem a vontade para o "a fé te curou", estas páginas lhe darão inteira segurança para a sua colaboração neste campo sagrado e consagrado de suas atividades caritativas.
Capítulos que abordam, um a um, todos os ângulos em que a atividade do passe poderá e deverá ser conhecida.
Excluindo todo comportamento estranho e exótico, sem mistérios e sem fantasias, você se encontra com princípios redentores do cristianismo-redivivo!
 
Fonte :
Centro Espirita João Batista
Rua Yamato, 116 - Jardim Japão
11 80370238

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