sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Vampiros do Vício



Vampiros do Vício
Os vampiros do vício são almas extremamente torturadas pelo vício que não conseguiram superar após a morte, seja ele fumo, álcool, sexo, drogas, etc.

Como não possuem mais o corpo físico, eles utilizam os encarnados viciados, "acoplando-se" a eles em simbioses energéticas, onde absorvem parcialmente as emanações etéricas e astrais do vício degradante executado pelo encarnado.


Esses obsessores só deixam a vítima quando ela já não serve mais para o seu vício. Fazem de tudo para que ela não largue a sua rotina de desregramento, não tendo a menor compaixão pelas conseqüências físicas, emocionais e espirituais geradas a médio e longo prazo.

Os obsessores se acham donos do seu "caneco espiritual" e não é incomum mais de um obsessor se utilizar do viciado, o grupo porém é restrito.

O encarnado muitas vezes deseja sinceramente largar o vício, mas tem que lutar duas batalhas, uma contra si e outra contra os obsessores, que através das ligações fluídicas já consolidadas, estimulam o viciado.

Os obsessores não se utilizam somente de estímulos internos para o vício, também é comum eles atrapalharem a vida da sua vítima para irritá-lo, desarmonizando-o e com isso estimulando o seu vício, fazendo parecer a única coisa que vale a pena, pois todo o resto dá errado.

Em A Vida Além da Matéria, Hercílio Maes pelo Espírito Ramatís encontramos o seguinte trecho:
"Os espíritos malfeitores, desencarnados, por lhes faltar o corpo físico, vivem sempre acicatados pelos desejos inferiores da matéria, os quais não podem ser saciados no Mundo Astral. Então, procuram saciar-se de seus vícios e desregramentos buscando apoderar-se de criaturas desprotegidas, a fim de transformarem-nas em verdadeiras “ponte-vivas” e assim conseguirem o meio de se fartar nos seus desejos mórbidos e desregrados. Utilizando processos e ciladas diabólicas, eles esgotam a vitalidade das infelizes criaturas que imprudentemente lhes caem sob o jugo satânico.... A energia do Mundo Astral é vigoroso multiplicador da freqüência vibratória do perispírito liberto da carne. Por isso, enquanto as almas elevadas centuplicam suas emoções dignas e mais se elevam aos planos angélicos, os espíritos inferiores sentem os seus desejos torpes ainda mais superexcitados..."

No Mundo Maior, Chico Chavier, pelo espírito André Luiz
"Antídio, doente e desventurado, a despeito das condições precárias, reclamava um copinho, sempre mais um copinho, que um rapaz de serviço trazia, obediente. Tremiam-lhe os membros, denunciando-lhe o abatimento. Álgido suor lhe escorria da fronte e, de vez em quando, desferia gritos de terror selvagem. Em derredor, quatro entidades embrutecidas submetiam-no aos seus desejos. Empolgavam-lhe a organização fisiológica, alternadamente, uma a uma, revezando-se para experimentar a absorção das emanações alcoólicas, no que sentiam singular prazer. Apossavam-se particularmente da "estrada gástrica", inalando a bebida a volatilizar-se da cárdia ao piloro.
A cena infundia angústia e assombro.
Estaríamos diante de um homem embriagado ou de uma taça viva, cujo conteúdo sorviam gênios satânicos do vicio?
O infortunado Antídio trazia o estômago atestado de liquido e a cabeça turva de vapores.
Semidesligado do organismo denso pela atuação anestesiante do tóxico, passou a identificar-se mais intimamente com as entidades que o per seguiam.
Os quatro infelizes desencarnados, a seu turno, tinham a mente invadida por visões terrificantes do sepulcro que haviam atravessado como dipsomanlacos. Sedentos, aflitos, traziam consigo imagens espectrais de víboras e morcegos dos lugares sombrios onde haviam estacionado.
Entrando em sintonia magnética com o psiquismo desequilibrado dos vampiros, o ébrio começou a rogar, estentôreamente:
- Salve-me! salve-me, por amor de Deus!
E indicando as paredes próximas, bradava sob a impressão de indefinível pavor:
- Oh! os morcegos!... os morcegos! afugentem-nos, detenham-nos...! Piedade! quem me livrará! Socorro! Socorro!...
Dois senhores, também obnubilados pelo vinho, aproximaram-se, espantados. Um deles, porém, tranquilizou o outro, dizendo:
- Nada de mais. É o Antídio, de novo. Os acessos voltaram. Deixemo-lo em paz.
Enquanto isso, o desditoso ébrio continuava bradando:
- Ai! ai! uma cobra... aperta-me, sufoca-me... Que será de mim? Socorro!
As entidades perturbadoras timbravam nas atitudes sarcásticas; gargalhavam de maneira sinistra. Ouvia-as o infeliz, a lhe ecoarem no fundo do ser, e gritava, tentando investir, embora cambaleante, os algozes invisíveis: "

Nos Domínios da Mediunidade – Capitulo 15 – Forças Viciadas
" Achava-se o pobre amigo abraçado por uma entidade da sombra, qual se um polvo estranho o absorvesse.
Num átimo, reparamos que a bebedeira alcançava os dois, porqüanto se justapunham completamente um ao outro, exibindo as mesmas perturbações.
...
Junto de fumantes e bebedores inveterados, criaturas desencarnadas de triste feição se demoravam expectantes.
Algumas sorviam as baforadas de fumo arremessadas ao ar, ainda aquecidas pelo calor dos pulmões que as expulsavam, nisso encontrando alegria e alimento. Outras aspiravam o hálito de alcoólatras impenitentes.
Indicando-as, informou o orientador:
- Muitos de nossos irmãos, que já se desvencilharam do vaso carnal, se apegam com tamanho desvario às sensações da experiência física, que se cosem àqueles nossos amigos terrestres temporariamente desequilibrados nos desagradáveis costumes por que se deixam influenciar.
- Mas por que mergulhar, dessa forma, em prazeres dessa espécie?
- Hilário - disse o Assistente, bondoso -, o que a vida começou, a morte continua... Esses nossos companheiros situaram a mente nos apetites mais baixos do mundo, alimentando-se com um tipo de emoções que os localiza na vizinhança da animalidade. Não obstante haverem freqüentado santuários religiosos, não se preocuparam em atender aos princípios da fé que abraçaram, acreditando que a existência devia ser para eles o culto de satisfações menos dignas, com a exaltação dos mais astuciosos e dos mais fortes. O chamamento da morte encontrou-os na esfera de impressões delituosas e escuras e, como é da Lei que cada alma receba da vida de conformidade com aquilo que dá, não encontram interesse senão nos lugares onde podem nutrir as ilusões que lhes são peculiares, porqüanto, na posição em que se vêem, temem a verdade e abominam-na, procedendo como a coruja que foge à luz."

Sexo e Destino – Francisco Candido Xavier e Waldo Vieira – Álcool
"Detínhamo-nos, curiosos, na inspeção, quando sobreveio o inopinado.
Diante de nós, ambos os desencarnados infelizes, que surpreendêramos à entrada, surgiram de repente, abordaram Cláudio e agiram sem-cerimônia.
Um deles tateou-lhe um dos ombros e gritou, insolente:
— Beber, meu caro, quero beber!
A voz escarnecedora agredia-nos a sensibilidade auditiva. Cláudio, porém, não lhe pescava o mínimo som. Mantinha-se atento à leitura. Inalterável. Contudo, se não possuía tímpanos físicos para qualificar a petição, trazia na cabeça a caixa acústica da mente sintonizada com o apelante.
O assessor inconveniente repetiu a solicitação, algumas vezes, na atitude do hipnotizador que insufla o próprio desejo, reasseverando uma ordem.
O resultado não se fez demorar. Vimos o paciente desviar-se do artigo político em que se entranhava. Ele próprio não explicaria o súbito desinteresse de que se notava acometido pelo editorial que lhe apresara a atenção.
Beber! Beber!...
Cláudio abrigou a sugestão, convicto de que se inclinava para um trago de uísque exclusiva-mente por si.
O pensamento se lhe transmudou, rápido, como a usina cuja corrente se desloca de uma direção para outra, por efeito da nova tomada de força.
Beber, beber!... e a sede de aguardente se lhe articulou na idéia, ganhando forma. A mucosa pituitária se lhe aguçou, como que mais fortemente impregnada do cheiro acre que vagueava no ar.
O assistente malicioso coçou-lhe brandamente os gorgomilos. O pai de Marina sentiu-se apoquentado. Indefinível secura constringia-lhe o laringe. Ansiava tranqüilizar-se.
O amigo sagaz percebeu-lhe a adesão tácita e colou-se a ele. De começo, a carícia leve; depois da carícia agasalhada, o abraço envolvente; e depois do abraço de profundidade, a associação recíproca.
...
Cláudio-homem absorvia o desencarnado, a guisa de sapato que se ajusta ao pé. Fundiram-se os dois, como se morassem eventualmente num só corpo. Altura idêntica. Volume igual.Movimentos sincrônicos. Identificação positiva.
Levantaram-se a um tempo e giraram integralmente incorporados um ao outro, na área estreita, arrebatando o delgado frasco.
Não conseguiria especificar, de minha parte, a quem atribuir o impulso inicial de semelhante gesto, se a Cláudio que admitia a instigação ou se ao obsessor que a propunha.
A talagada rolou através da garganta, que se exprimia por dualidade singular.
Ambos os dipsômanos estalaram a língua de prazer, em ação simultânea.
Desmanchou-se a parelha e Cláudio, desembaraçado, se dispunha a sentar, quando o outro colega, que se mantinha a distância, investiu sobre ele e protestou:
«eu também, eu também quero!
Reavivou-se-lhe no ânimo a sugestão que esmorecia..
Absolutamente passivo diante da incitação que o assaltava, reconstituiu, mecanicamente, a impressão de insaciedade.
Bastou isso e o vampiro, sorridente, apossou-se dele, repetindo-se o fenômeno da conjugação completa."

Sexo e Destino - Alimentação
“Moreira, que não mais me assinalava a presença, instalara-se na cadeira de Cláudio e com Cláudio, de tal modo, que, certo, se alimentava tão claramente quanto ele, através de um dos numerosos processos em que se catalogam as ações da osmose fluidica.”


Tratamento

Outro caso bastante complexo de solução, pois em corpo astral o viciado sofre mais pela abstinência do que quando encarnado, sua angustia não tem o corpo físico para abrandar o impacto das violentas sensações da falta do elemento viciante.

Para se desligar desse tipo de obsessão é necessária muita força de vontade, pois enquanto existir o vício ali estará o irmão obsessor.

Se os irmãos espirituais desligarem o obsessor e o encarnado continuar com seu vício, então outro obsessor se aproximará. Não tem outra opção além de largar o vício.

É por esse motivo que os procedimentos executados pelos irmãos espirituais são lentos e graduais, pois tem como objetivo a recuperação de todos que estão envolvidos.

Sem dúvida nenhuma a mudança tem que se iniciar no espírito encarnado, para aos poucos influenciar seus obsessores. A partir desse momento os instrutores espirituais podem começar a agir e iniciar todo o processo de recuperação do grupo.

Sem a modificação do encarnado a chance de sucesso é quase nula.

Fumo, álcool, sexo e drogas estão entre os vícios que mais arrastam encarnados e desencarnados para o sofrimento, contudo, não são os únicos, qualquer vício está sujeito à obsessão

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