terça-feira, 24 de julho de 2012

AINDA A HUMILDADE / Chico Xavier



AINDA A HUMILDADE

A força da humildade!
Grandiosa, passa na maioria das vezes como fraqueza, ante os conceitos gastos da falsa moral. Tão nobre que se desconhece a si mesma.
Atravessa uma existência sem despertar atenção, e nisso reside a essência do seu valor.
Serva fiel do dever, não malbarata o tempo nas frivolidades habituais que exaltam os ouropéis. Avança sempre, produzindo com objetividade na direção dos fins que busca colimar.
A humildade é muito ignorada.
Virtude excelente é precioso aroma de sutil característica que vitaliza os que a conduzem.
Toma diversas aparências conforme as necessidades das circunstâncias em que se manifesta.
Aqui é renúncia, cedendo a benefício geral, esquecida de si mesma.
Adiante é perdão a serviço da paz de todos.
Além é bondade discreta, produzindo esperança.
Hoje é indulgência para oferecer nova oportunidade.
Amanhã é beneficência para manter a misericórdia.
É sempre a presença de Jesus edificando a felicidade onde quer que escasseie a colheita de luz.
A humildade, porém, somente é possível quando inspirada nos ideais da verdade.
Enquanto o homem não se abrasa da certeza da vida superior, a humildade não lhe encontra guarida.
Sabendo que a Terra é uma escola de experiências e ensaios da vida para a verdade, do mundo somente lhe vê as oportunidades de progresso, compreendendü a necessidade de aproveitar as horas.
Todos os grandes heróis do pensamento, os mártires da fé e os santos da renúncia para lobrigarem o êxito dos objetivos a que ligaram a existência, se firmaram na humildade por saberem do pouco valor que representavam ante as grandes diretrizes da vida.
A humildade em última análise representa submissão à vontade de Deus, doação plena e total às Suas mãos, deixandose
conduzir pela Sua Diretriz segura que governa o Universo.

* * *
No culto da humildade não tenhas a presunção de resolver todos os problemas que te chegam. Preocupate em desincumbirte
fielmente dos deveres que te dizem respeito.
Qualquer tarefa, por mais insignificante que te pareça, é de alta importância no conjunto geral. Faze, portanto, a tua função no concerto das coisas consciente de que tua colaboração é preciosa e deve ser doada.
Não ambiciones a tarefa que te não diz respeito. Aprende a considerar o labor alheio e produze o teu serviço cônscio da significação do que realizas, adornando de belezas o que passe pelo crivo do teu interesse e do teu zelo.
Responderás diante da vida não pelo que gostarias de ter proporcionado, mas pelo que tiveste diante das possibilidades e de como te comportaste ante a ensancha.
Cultiva a humildade.
A humildade pela força da sua fraqueza nunca vai ser atingida: a lisonja não a envaidece, e a zombaria não a humilha. É inatingível pelo mal em qualquer expressão como se apresente.
Olha o firmamento e faze um paralelo: as estrelas faiscantes e tu!
Compreenderás o valor da humildade.

* * *
Conquanto Jesus fosse o Arquiteto Sublime da Terra, não desconsiderou a carpintaria singela de José; caminhou imensos trechos descampados de solos agrestes a serviço do amor; conviveu com os mais difíceis caracteres sem melindres,
sem falsa superioridade. Tão igual se fez aos infelizes que o acompanhavam que nem todos acreditaram fosse Ele “o escolhido”.
No entanto, ainda aí não usou a presunção de convencer a ninguém, fazendo tudo aquilo para quanto veio e depois retornou, sereno. Sem abandonar os a quem veio amar.
Lição viva e desafiadora, a Sua vida é convite para que meditemos e vivamos, incorporando à nossa existência essa pérola sublime da redenção espiritual: a humildade!
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“Aquele que quiser tor nar se o maior , seja vosso ser vo”.
(Mateus, 20:27)

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“A humildade é vir tude muito esquecida entr e vós. Bem pouco seguidas são os exemplos que dela se vos têm dado. Entr etanto, sem humildade, podeis ser caridosos com o vosso pr óximo?”
Lacordaire
(O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Capítulo 7º — Item 11, parágrafo 3)

Joanna de Ângelis
Psicografada por: Divaldo Pereira Franco
 


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