terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Alerta Importante / Luis Henrique Lima





Alerta Importante.


Meu querido companheiro na carne:

Quando estagiamos no corpo físico, algumas ilusões
doiradas teimam em se afixar à psique, costumando-nos
fazer, afora honrosíssimas exceções escravos de terríveis
desvios de foco e, por conseqüência: de realização e
propósito existencial. Vamos aqui fazer um breve estudo
delas, para que evite, quanto possível, incorrer nesses
lamentáveis desperdícios de vida.

1. Sentir-se imortal no corpo. É axiomático que todos
que estão fisicamente vivos vão morrer; todavia,
muita gente age com a displicência de seres
eternos no maquinário biológico. Agem com
irresponsabilidade em relação à saúde, não se
preocupam em aproveitar as preciosas
oportunidades de ação e crescimento que lhe surgem, vivem em função do prazer, do momento e
do ego. Presas, assim, do hedonismo, do
imediatismo e do egoísmo, fazem-se crianças em
corpos de adulto, caricaturas tristes, rebotalhos
deprimentes dos gênios celestes que são em
gérmen e que estão destinadas a ser, mais cedo ou
mais tarde.

2. Materialismo. Como se vive num mundo de
matéria, muito natural se supor que tudo deva ser
avaliado conforme os critérios dela. Alguns tudo
ajuízam pelos critérios da beleza, força física ou
mesmo da juventude, ou o que a elas esteja
relacionado. E, pior entre todos, está aquele grupo
de almas atormentadas, lamentavelmente em
grande percentual presente nas comunidades
humanas, que passam tudo pelo crivo do dinheiro.
Apenas a riqueza material tem importância, ou o
que leve a ou signifique fortuna. Mas, assim como o
corpo – e a beleza e juventude que lhe são
correlatas –, a fortuna material é não só relativa e
volátil, como passa, e, com isso, o ensejo de estar
vivo e de se fazer o melhor pelo duradouro, o
permanente: as conquistas do espírito. E gente
chega à velhice orgânica lamentando-se,
amargamente, do desprezo aos valores
fundamentais: a família, os amigos, os ideais, a
espiritualidade, a paz e a felicidade que às vezes
vêm acoplados aos favores do mundo físico, mas
muito raramente.

3. O Ego. A grande artimanha, a mais traiçoeira de
todas as armadilhas psicológicas do inconsciente
primitivo da humanidade da Terra costuma ficar
bem mais vivaz quando se está preso ao mundo
limitado da matéria. Nele, onde tudo são sombras,
tristeza e dificuldade – e, com isso, os desafios à
felicidade bem maiores – facilmente as criaturas
pouco amadurecidas psicologicamente resvalam
para os atavismos defensivos do ego,
entricheirando-se por detrás das falácias do
egoísmo, do egocentrismo e, em casos mais
graves, da egolatria.

4. Medo. Quando se vive cercado de tantas
adversidades e não se enxerga com muita clareza
a natureza transcendente da vida, não raro os
seres humanos se deixam arrastar para os delírios
do medo, das fobias e mesmo do pânico, carreando
para si sofrimentos e angústias inomináveis e, mais
importante: completamente dispensáveis. Quando
se está no plano da ilusão facilmente se esquece a
conexão imanente que existe entre todas as coisas
e a natureza magnânima do Universo que, em
nome do Ser Todo Amor, enseja todas as formas
de aprendizado e ventura, por meio mesmo das
mais duras e amargas experiências.

5. Preguiça. A preguiça física, que se manifesta
próxima à expressão do cansaço do corpo (que pede necessário e justo repouso) é uma das
manifestações da densidade da matéria a aturdir a
consciência reencarnada com sua refratariedade à
forma vibrátil de ser do espírito. Pior, todavia, são
seus desdobramentos mais sutis: a preguiça
emocional (resistência a superar bloqueios e
frustrações emocionais); a preguiça intelectual
(resistência a pensar livre e correta, constante e
racionalmente); e, por fim, a mais séria de todas,
em suas implicações: a preguiça espiritual
(resistência a ser livre, consciente e definidor dos
próprios destinos, cônscio da própria natureza
transcendente, voltada à contínua evolução em
direção a Deus).

6. Dúvida. Um dos maiores monstros arrasadores de
consciências, a dúvida é um ralo sangüissedento a
destruir ideais e a corromper caracteres,
desarticulando castelos de felicidade e minando a
paz e a vontade de viver. Não que se deva viver
num estado ingênuo e perigoso de certezas cabais.
Fundamental, entretanto, que se compreenda a
dúvida como um mecanismo metodológico a
facilitar a filtragem da percepção, para que se
chegue a convicções mais seguras e fidedignas,
quanto a dadas realidades observadas ou
consideradas. Quando paralisa, faz-se destrutiva e
altamente malévola.

Faça, caro amigo, com que esses demônios
devoradores da alma não tenham guarida em seu íntimo, e
proponha-se a crescer ininterruptamente em direção aos seus
ideais, ainda que tendo que reformulá-los periodicamente.
Assim, quando estiver fora do corpo e perceber que sempre
foi espírito mesmo que vestido de carne, vai estar sem
grandes complicações e pendências a serem solucionadas e
com um bom saldo de aprendizado e crescimento arquivados
nos recessos da consciência.
Mantenha sempre em mente: sua condição física é
transitória, inequivocamente transitória. Logo, seus objetivos,
valores e prioridades não poderão estar polarizados em algo
evanescente e inseguro como a matéria. Caso não esteja,
atualmente, voltado, corretamente, para os ideais do espírito,
corrija-se o quanto antes para que, embora rico ou não,
embora jovem ou não, embora forte ou não, seja feliz. Sem
estar concentrado nas questões do espírito, priorizando-as,
mesmo que busque outras coisas, você não terá nenhuma
alegria de viver agora e ainda se estará condenado a
padecimentos ainda mais atrozes, na outra dimensão de Vida
que inexoravelmente lhe aguarda.

Benjamin Teixeira
pelo espírito Eugênia
 

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