segunda-feira, 9 de novembro de 2015

"O Consolador", Ano 9 - N° 427 - 16 de Agosto de 2015 - Editorial



Como é bom ser espírita!

Têm sido uma tônica nas inúmeras entrevistas publicadas nesta revista frases como a que dá título a este texto. 

Um jovem ainda iniciante nos estudos do Espiritismo disse a um dos nossos colaboradores algo parecido. Segundo ele, o Espiritismo é bom porque nos apresenta explicações para fatos importantes que não encontramos em outras filosofias, religiões ou doutrinas.

Com efeito, a busca da verdade é, além de preocupação comum a todas as pessoas, uma aspiração legítima, fato que não passou despercebido a Jesus, como registrado pelo evangelista João:

“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (João, 8:32)

Perguntaram certa vez a D. Guiomar Albanesi, fundadora do Centro Espírita Perseverança, de São Paulo (SP), qual seria, na opinião dela, a dor maior, a dor mais profunda, a dor mais sentida pelas criaturas humanas.

Para surpresa de quem lhe fez tal pergunta, D. Guiomar respondeu que, baseada em sua experiência no trato com tantas pessoas, não existe uma dor maior, uma dor mais profunda, uma dor mais sentida. Para quem está sofrendo, toda dor é relevante e é profunda.

O que mais incomoda a criatura humana não seria, então, a dor em si, mas suas causas. “Por que sofremos? Por que a vicissitude se abateu sobre o nosso lar? Por que enfrentamos tantas dificuldades?” – eis o que importa saber e é o que as pessoas procuram compreender quando enfrentam situações assim.

Sabemos que muitas pessoas batem ou bateram à porta de uma instituição espírita exatamente por isso.

Claro que a dor não se extingue com as explicações recebidas, mas, evidentemente, quando nos inteiramos acerca de suas causas, nós nos fortalecemos e passamos a confiar ainda mais na Providência e na Justiça Divina, que jamais falha.

É nesse sentido que se compreende a profundidade do ensinamento dado por Jesus e anotado pelo apóstolo João.

A verdade nos liberta. Liberta de quê? – alguém perguntará.

Liberta-nos da descrença, da lamentação indevida, do desalento, do erro, do pecado.

Há quem diga que a religião constitui, em verdade, um freio. Que bom! Sobretudo se for um freio que nos impeça de matar, de roubar, de mentir, de faltar aos nossos compromissos, de nos apropriar do dinheiro público, como tantos têm feito, apesar de exteriormente valer-se do rótulo de cristãos.

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