domingo, 29 de janeiro de 2012

Espondilite Anquilosante e Uveíte

Espondilite Anquilosante e Uveíte

A Espondilite anquilosante é uma doença inflamatória crónica, com tratamento bastante limitado, que afecta as articulações do esqueleto axial, especialmente as da coluna, anca, joelhos e ombros. Nos quadros mais graves, podem ocorrer lesões nos olhos (uveíte), coração (doença cardíaca espondilítica), pulmões (fibrose pulmonar), intestinos (colite ulcerativa) e pele (psoríase).
Não se conhece a causa da doença, que acomete mais os homens do que as mulheres, a partir do final da adolescência até os 40 anos. Não sendo controlada, pode-se tornar incapacitante.
O diagnóstico leva em conta os sinais e sintomas, os resultados de exames laboratoriais ao sangue e os achados radiográficos nas articulações da região sacroilíaca. O diagnóstico precoce é de extrema importância para evitar a progressão da doença e todas as suas complicações.

Sintomas

A manifestação inicial é dor lombar que persiste por mais de três meses, abranda com o movimento e aumenta com o repouso. Essa dor pode irradiar-se para as pernas e estar associada a uma rigidez da coluna mais acentuada no inicio do dia. Tais sintomas podem desaparecer espontaneamente (são intermitentes) e voltar depois de algum tempo. Outros sintomas são o comprometimento progressivo da mobilidade da coluna que vai enrijecendo (anquilose), da expansão dos pulmões e aumento da curvatura da coluna na região dorsal.
Com a evolução da doença, a tendência é a dor tornar-se mais intensa, especialmente à noite.

O objectivo do tratamento está direccionado unicamente para o controle da evolução da espondilite anquilosante, aliviando os sintomas dolorosos e reduzindo o risco de deformidades.
Geralmente recorre-se a medicamentos, (anti-inflamatórios não-esteroides, analgésicos e relaxantes musculares), fisioterapia e cirurgia, se for necessário substituir a articulação do quadril.
Recentemente têm sido publicados estudos que comprovam a capacidade de acção dos alimentos no controlo da dor em doentes espondiliacos, nomeadamente na abstenção ou redução de alimentos amilácios. Estudos concluíram que a ausência do consumo diário desses alimentos diminuiu até 60% as dores, diminuindo por consequência, o uso de medicamentos.
Um plano de exercícios físicos também é um factor vital para um espondiliaco, principalmente actividades como o yoga e os pilates que permitem dar continuidade á flexibilidade da coluna retardando assim o seu desenvolvimento.

A Uveíte é uma inflamação de toda a úvea. O nervo óptico e a retina também podem ser afectados.
A Uveíte tem muitas causas possíveis, algumas das quais limitam-se ao olho enquanto outras afectam o corpo todo.
Cerca de 40 % das pessoas com uveíte têm uma doença que também afecta outros órgãos do corpo. Independentemente da causa, a uveíte pode danificar rapidamente o olho e provocar complicações prolongadas, como o glaucoma, as cataratas e o deslocamento da retina.

Aos primeiros sintomas da uveíte, a visão pode-se tornar enevoada ou com pontos negros flutuantes. A dor aguda, a vermelhidão do branco do olho (a esclerótica) e a sensibilidade à luz são particularmente comuns na irite. O médico pode ser capaz de ver vasos sanguíneos proeminentes no bordo da íris, alterações ligeiras na córnea e o líquido que enche o olho (humor vítreo), que fica turvo.
O tratamento deve ser iniciado o mais cedo possível para evitar as lesões permanentes, pois um diagnóstico tardio pode causar danos visuais irreversíveis.
Entre as causas mais frequentes de Uveíte encontramos a Espondilite Anquilosante, a Síndroma de Reiter e a Artrite reumatóide juvenil.

No caso de um doente com Espondilite Anquilosante, torna-se imperativo a ida regular a um oftalmologista. Principalmente, na presença de qualquer um dos sintomas acima descritos.
Isto ocorre porque as doenças inflamatórias reumatológicas, onde se insere a Espondilite Anquilosante, podem comprometer de maneira também inflamatória todos os tecidos que provêm do mesmo grupo de células embrionárias que as 'articulações', como as mucosas, os faneros (cabelo e unhas) e os olhos.
Uma vez que se trata de uma patologia que compromete várias estruturas, é muito importante que o doente com EA tente enveredar o mais fielmente possível por um estilo de vida regrado e atento, especialmente em relação aos alimentos que ingere, uma vez que a maioria só serve para agravar o estado inflamatório do momento.

Foto e texto do blogue:Naturopatia e terapias manuais
 — com Cláudio Tessarin.

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