quarta-feira, 27 de abril de 2011

VELHOS HÁBITOS E A NOVA ERA


VELHOS HÁBITOS E A NOVA ERA
 
           Todos temos consciência da nova era do espírito a envolver o campo terrestre.
         Nova disposição espiritual.
         Novo compromisso de aperfeiçoamento.
         Nova chance à paz geral.
Novo capítulo de renovação e esperança
         Nova oportunidade à concórdia.
         Novo impulso à espiritualidade e à fé.
         Novo chamado ao serviço da solidariedade.
         O espiritismo é a chave bendita que se ajusta perfeitamente ao portal do evangelho de Cristo, convidando-nos a penetrar o novo recinto de amor e sabedoria.
         Os espíritos do Senhor nos conclamam e não há quem não tenha recebido, de uma forma ou de outra, o generoso convite.
         Entretanto, caros amigos, verificamos que, embora as luzes do Consolador já nos iluminem as casas de orações por mais de um século na face da terra, infelizmente muitos de seus adeptos esclarecidos preferem estacionar o coração no cultivo de velhos hábitos...
         Cuidemos de não transformar nossas reuniões espíritas, em nossos núcleos de oração, em repetições atávicas automáticas de velhos enganos.
         Daqui, da espiritualidade, assistimos frequentemente o desenrolar destes equívocos nas casas espíritas da atualidade.
         Vemos companheiros que julgam erroneamente que lhes bastará a frequência semanal ao culto cristão para se sentir na desincumbência de sagrados deveres espirituais.
         Ledo engano de antigos rituais...
         Acompanhamos irmãos e irmãs que comparecem com assiduidade às reuniões de intercâmbio espiritual, buscando na palavra dos amigos espirituais ou no apoio dos medianeiros a solução mágica dos próprios problemas, à semelhança dos velhos hábitos de se renderem à condução sacerdotal, isentando-se do esforço que lhes compete empreender na própria melhoria.
         Surpreendemos confrades entusiasmados que se devotam a estudos e leituras intermináveis acerca das coisas do espírito, a se envolverem quase que numa aura de contemplação estéril de priscas eras, sem jamais se disporem a colaborar com as tarefas simples de amor e fraternidade junto aos mais carentes.
         Seguimos de perto lúcidos oradores e estudiosos dos postulados da doutrina de Kardec mas que, ao menor sopro da provação entregam-se ao desânimo injustificável lamentando o próprio caminho.
         Outros há ainda que muito embora as notícias alvissareiras da vida espiritual que o espiritismo nos entrega por benção do Mais Alto, rendem-se, sem resistências, à revolta e à inconformação quando a morte lhes ceifa a presença de um ente mais querido.
         Outros tantos, em detrimento das múltiplas oportunidades de serviço que Jesus lhes oferece, dia por dia, continuam preferindo a atitude estanque dos braços cruzados, adiando a realização dos compromissos que lhes sustentaria o roteiro de libertação.
         É por isso que, em matéria de doutrina espírita, nós outros, os amigos espirituais mais diretamente ligados às tarefas terrenas, nos preocupamos com a cada vez mais frequente repetição de velhos hábitos lamentáveis, em nossos centros de estudo e serviço.
         Não podemos nos furtar a esta lembrança com os amigos do plano físico porque, em verdade, é preciso considerar que não haverá na face da terra a efetiva “nova era do espírito”, se os seus adeptos não se devotarem ao próprio esforço de vencer as más tendências e não se dedicarem ao compromisso de solidariedade, perdão e amor aos semelhantes.
Efigênio Salles Victor.
 
MENSAGEM PSICOGRAFADA EM REUNIÃO PÚBLICA NO CENTRO ESPÍRITA LUZ, AMOR E CARIDADE NA NOITE DE 06 DE JUNHO DE 2005, POR GERALDO LEMOS NETO

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